Os benefícios da Telemedicina para o avanço da saúde digital

4.11.17


"No meu dia a dia, mantenho contato frequente com médicos, profissionais da saúde, gestores de clínicas e hospitais e, cada vez mais, vejo uma necessária busca por novas tecnologias voltadas para a saúde digital, dentre as quais destaco a telemedicina, que traz inúmeros benefícios, como a significativa redução de custos, aumento do portfólio de exames, além de possibilitar levarmos medicina de ponta para locais sem acesso.
Em 2016, uma pesquisa realizada pela Harris County Medical Society revelou que dentre os principais motivos para adotar a telemedicina no dia a dia de hospitais e clínicas estão a conveniência e o potencial de redução de custos. Como CEO e Co-fundador da Portal Telemedicina posso afirmar que temos clientes que economizaram pelo menos 30% na operação a partir da adoção da nossa solução de laudos online. Para ajudar a colocar os prós e os contras, separei dois artigos importantes que ressaltam a relevância da telemedicina para avanços na área da Saúde.
O primeiro deles trata-se de um artigo publicado no Wall Street Journal com o título "How Telemedicine is transforming health care" (Como a Telemedicina está transformando os cuidados na Saúde). O texto é escrito pela jornalista veterana Melinda Beck, colunista especializada na área, que também atuou por anos na revista Newsweek. A reportagem traz, entre outros destaques, o avanço da Telemedicina na interação entre médicos e pacientes:
"Impulsionados por conexões de internet mais rápidas, smartphones onipresentes e mudanças nos planos de saúde, mais e mais prestadores de serviços de saúde estão apostando na telemedicina para realizar seus trabalhos aumentando a prestação de serviços de saúde" (Melinda Beck) A troca de informações entre médicos remotamente, a possibilidade de especialistas renomados conseguirem analisar exames à distância e dar seu parecer estão entre os benefícios apontados na reportagem. A matéria também cita um exemplo interessante do Hospital Mercy. A UTI que adotou a telemedicina e o atendimento remoto teve uma diminuição de 35% na duração média de permanência de pacientes internados e 30% menos mortes do que o previsto no período de um ano. Como medida de rapidez da disseminação da telemedicina, a jornalista relata que mais de 15 milhões de americanos receberam algum tipo de atendimento médico remotamente no ano passado, de acordo com a Associação Americana de Telemedicina.
O médico Ateev Mehrotra, professor de Health Care Policy da Harvard Medical School, é também pesquisador e foca seus estudos buscando formas de diminuir custos e melhorar a qualidade do atendimento médico. Grande parte do seu trabalho centra-se em inovações como visitas médicas online e o seu impacto na qualidade, diminuição de custos e em como melhorar o acesso aos cuidados de saúde. Na pesquisa publicada por ele Utilization of Telemedicine Among Rural Medicare Beneficiaries, o médico ressalta a telemedicina como uma importante tecnologia por permitir o acesso da medicina de qualidade em locais remotos.
Portanto, a relevância dessa tecnologia para melhorar o acesso à saúde, principalmente em locais remotos, fica evidente. Para ajudá-lo a avaliar os prós e contras da adoção da telemedicina e, principalmente, os serviços de laudos remotos na sua clínica, listo abaixo quatro razões fundamentais de benefícios dos serviços de laudos à distância:
Reduza custos operacionais: com a adoção de laudos remotos a partir da telemedicina, não é necessário que você tenha especialistas na sua clínica. O serviço de laudo já possui uma equipe de médicos disponíveis 24h por dia para avaliar e laudar os exames em tempo real; Aumente sua clientela: a partir da telemedicina e dos serviços de laudos à distância, você poderá ampliar o portfólio de exames oferecidos com muita facilidade, pois as próprias empresas de telemedicina facilitam a aquisição ou aluguel de aparelhos para exames; Melhore a precisão dos laudos: no caso específico da Portal Telemedicina temos um sistema altamente preciso que utiliza machine learning para minimizar as chances de erro e empodera os médicos para diagnósticos cada vez mais precisos; Modernize sua clínica: os exames ficam armazenados na nuvem, não necessitam de um ambiente físico na empresa, o que traz segurança e diminuição de custos; outro importante benefício é conectar seus aparelhos médicos à internet tornando o processo de transmissão de laudos mais rápido e prático. O sistema da Portal Telemedicina está apto a se conectar a mais de 90% do parque de aparelhos instalados nas clínicas do Brasil, mesmo aqueles que não possuem conexão à internet.
Por fim, vale ressaltar que os benefícios da adoção da telemedicina vão muito além e se tornam um pré-requisito fundamental para os profissionais de saúde que querem se manter no auge da tecnologia, inovação e à frente da concorrência."

Artigo de Rafael Figueiroa publicado no Linkedin

AmpUpAmputees ajudar as crianças

28.5.17

Impressão 3D para uma prótese de crianças, este engenheiro, Christian Silva, faz algo fantástico pelas crianças da Colómbia.

Visitem o AmpUpAmputees, e se tiverem oportunidade, apoiem. 

Transplante de cabeça

27.3.17

Faltam sensivalmente 9 meses para assistirmos ao primeiro transplante de cabeça  de um ser humano, pelo italiano Dr. Sergio Canavero.

Se tal for possível, poderá colocar diversos problemas éticas, mas trará soluções na área da medicina, nomeadamente recuperação para paraplexicos, tetraplexicos, mas também será a visão para a vida eterna?

Vejam a TEDxLimassol em que . Dr. Sergio Canavero está presente.


Como será o hospital do futuro? Terá menos camas e um gestor por doente

26.3.17

Fonte: http://www.businessinsider.com/r-patients-greeted-by-robot-at-belgian-hospital-2016-6

«Trabalho que será apresentado nesta sexta-feira [24 de Março de 2017] antecipa como serão os hospitais em 2030. Administradores hospitalares e Ordem dos Médicos dizem que Portugal ainda precisa de muitas reformas.

O doente entra num hospital e vai a um edifício ter uma consulta de cardiologia. Depois, desloca-se até outro edifício para fazer alguns exames e regressa ao mesmo médico. Mais tarde tem uma consulta de diabetes numa outra ala e com outro especialista, pelo que precisa de levar consigo os mesmos exames impressos. Esta é, ainda hoje, a realidade de muitos hospitais. No entanto, num futuro bem próximo — em 2030 — os hospitais vão ter cada vez menos barreiras entre os vários departamentos e serão os especialistas a deslocar-se para atender os doentes.

Esta é, pelo menos, uma das previsões de um estudo que será apresentado nesta sexta-feira na 1.ª Conferência de Valor da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), que decorre em Ílhavo.

“Precisamos de uma 'universidade do SNS', como os ingleses têm” Para Gabriel Antoja, investigador do Center of Research in Healthcare Innovation da IESE Business School e um dos autores do trabalho feito em colaboração com o Instituto Karolinska e a Accenture, “cada vez há uma evidência maior da relação entre os resultados em saúde e uma melhor experiência do cidadão” no momento em que recebe cuidados médicos.

Por isso, seja por razões financeiras, ou pelos melhores resultados para o doente, Gabriel Antoja defende, numa entrevista por email ao PÚBLICO, que “os profissionais de saúde vão envolver-se” cada vez mais “para melhorar a experiência do doente”.

O investigador da Universidade de Navarra explica que os dados para o seu estudo foram recolhidos entre 2013 e 2015, tendo como base entrevistas e questionários a vários profissionais do sector. Depois, o trabalho teve como ponto de partida a realidade de dois hospitais concretos, que foram escolhidos por serem uma referência na área: o Hospital Universitário Karolinska, na Suécia, e o Hospital Clínico de Barcelona, em Espanha. O objectivo foi antecipar uma fotografia do que poderá ser um hospital universitário europeu já em 2030.

“Médicos-engenheiros” “Nos próximos dez anos, veremos como as barreiras entre as especialidades vão esfumar-se graças ao uso de novas tecnologias que permitem, por exemplo, que os cardiologistas possam realizar algumas intervenções sem precisar de um cirurgião”, adianta Gabriel Antoja.

O especialista antevê que “a organização do hospital incluirá equipas multidisciplinares que atenderão os doentes ao longo de todo o seu circuito assistencial, para eliminar barreiras entre departamentos do hospital”.

Os chamados “gestores de caso” vão ser uma figura fundamental, com a responsabilidade de coordenar o percurso do doente, do centro de saúde ao hospital
Uma das novidades está também no aparecimentos de novas profissões como os “médicos-engenheiros” e os chamados “conselheiros de genética”, que ajudarão a escolher quais dos novos exames ao nosso DNA podem ser úteis para actuar de forma preventiva. Os chamados “gestores de caso” vão ser uma figura fundamental, com a responsabilidade de coordenar o percurso do doente, do centro de saúde ao hospital.

O investigador da IESE ressalva que o trabalho não incluiu hospitais portugueses, mas considera que muitas das mudanças serão transversais às instituições europeias — ainda que a velocidades diferentes, já que “as mudanças nas organizações de saúde costumam ser lentas”.

No terreno, diz, já há sinais deste futuro próximo. “Há especialistas que já se deslocam habitualmente a outros centros para aproximar os cuidados dos doentes. Também já há hospitais que criaram centros para que as empresas possam desenvolver inovação tecnológica e serviços em estreita colaboração com o hospital.”

E como será a relação entre os hospitais e os centros de saúde? Para Antoja esta é uma das chaves para o sucesso da mudança rumo ao hospital do futuro.

A ideia é que não continue a haver uma divisão entre estes dois tipos de cuidados. “Os líderes clínicos dos hospitais trabalharão de forma próxima com os profissionais dos centros de saúde para redesenhar os circuitos”, diz. O papel do centro de saúde, defende, tem de deixar de ser apenas o de filtrar a chegada de doentes aos serviços de urgência. Os cuidados primários devem ser “uma ponte que facilite a entrada no hospital pela porta mais adequada”. As novas tecnologias, acredita o responsável do estudo, serão fundamentais neste processo.

As conclusões apontam no sentido de que os hospitais reduzam a sua dimensão no futuro. Questionado sobre o facto de em Portugal, nos últimos anos, o caminho ter sido no sentido de criar grandes centros hospitalares, Antoja alerta que um hospital mais pequeno não significa uma redução do edifício ou do número de profissionais. O que o investigador prevê é antes uma redução do número de camas e a capacidade de trabalhar em rede com outras unidades hospitalares, centros de saúde ou com o sector social.

Portugal no bom caminho?

O que pensam os administradores hospitalares, os médicos e os enfermeiros portugueses sobre estas mudanças? A Ordem dos Enfermeiros não respondeu ao PÚBLICO em tempo útil, mas do lado dos administradores e dos médicos há sobretudo a ideia de que o caminho para Portugal ainda é longo, apesar de já existirem bons exemplos.

"Na minha opinião, os verdadeiros gestores do percurso dos doentes no sistema de saúde devem ser os médicos de família."
Miguel Guimarães
Para o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, as instituições portuguesas têm já algumas das características das projecções da IESE para 2030. Por exemplo, o IPO do Porto já está organizado por doença/clínica, em vez de pelos tradicionais departamentos. E na Unidade Local de Saúde de Matosinhos há uma gestão comum de todas as camas.

O administrador hospitalar corrobora a ideia de Antoja de que os hospitais vão ter menos camas. “Vão redefinir-se, mas não necessariamente reduzir a sua dimensão. É expectável que aumentem o seu âmbito de actuação para o ambulatório e para a comunidade”, admite, lembrando que na cirurgia de ambulatório têm vindo a ser dados bastantes passos. No total, 60% das cirurgias já são feitas sem necessidade de internar os doentes.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, é menos optimista sobre o actual estado da saúde no país. Mais: diz que “Portugal não está no bom caminho para ter hospitais de excelência no futuro”.

Urgências são o maior cancro do SNS, diz bastonário dos médicos
O bastonário aponta como principais motivos a falta de investimento e a tendência dos últimos anos para “ centralizar cada vez mais os cuidados de saúde nos grandes hospitais públicos e privados”. Para o médico, uma verdadeira reforma implica mudar o conceito de hospital e não apostar apenas em centros de referência. “É essencial conceber hospitais mais diferenciados de média dimensão, sem serviços ou departamentos estanques, e em que a governação e gestão clínica seja o garante da qualidade da medicina praticada. Adicionalmente, esta rede de hospitais mais diferenciados, deve ser complementada por hospitais mais pequenos de proximidade”, defende.

Concretamente sobre os gestores de caso para cada doente, como propõe o estudo da IESE, o bastonário diz ter dúvidas. “Na minha opinião, os verdadeiros gestores do percurso dos doentes no sistema de saúde devem ser os médicos de família e, se existirem condições favoráveis, os médicos de medicina interna nos hospitais”, explica.

Já Alexandre Lourenço considera que este gestor — que pode ser “um médico, enfermeiro ou outro profissional de saúde” — é necessário, sobretudo para as situações de saúde mais complexas, como aquelas em que as pessoas têm ao mesmo tempo várias doenças crónicas.

Miguel Guimarães defende que a liderança das equipas de saúde seja “centrada nos médicos”, mas vê com bons olhos a ideia de uma carreira que vá no sentido de abranger algumas funções de gestão. Neste ponto em concreto, Alexandre Lourenço lembra que os hospitais são das maiores empresas do país, pelo que precisarão sempre de equipas “profissionais” e não apenas de “gestores curiosos, mal preparados ou em part-time.”

Ministro da Saúde diz que 2016 marcou "ponto de viragem" no SNS
De todas as formas, o bastonário da Ordem dos Médicos insiste que Portugal só estará nesta corrida em direcção ao futuro se for capaz de resolver o mais básico, como reforçar os centros de saúde e hospitais com mais profissionais e meios técnicos.

Quando se fala daquilo que o Serviço Nacional de Saúde já tem de positivo, o bastonário destaca a formação médica como “a jóia da coroa”. “Temos excelentes médicos e outros profissionais de saúde, que conseguem manter um bom nível de qualidade, apesar das más condições de trabalho que afectam muitos hospitais portugueses.”

Como será em 2030, em sete pontos
- Os hospitais universitários vão ser mais pequenos e focados nos cuidados de saúde complexos. Isso não significa uma redução dos edifícios ou do número de profissionais, mas sim um corte no número de camas.

- Os limites rígidos entre os vários departamentos médicos vão ser eliminados, para facilitar a partilha de recursos e circulação dos doentes. - Os procedimentos de rotina, como algumas consultas e exames programados, devem passar a ser feitos nas clínicas e hospitais mais próximos dos doentes, reduzindo-se os custos.

- A partilha de conhecimentos em rede, facilitada pelas tecnologias, é fundamental para aproximar os grandes hospitais dos mais pequenos e das clínicas.

- Os chamados gestores de caso vão ser uma figura fundamental, com a responsabilidade de coordenar o percurso do doente em todo o sistema, desde o centro de saúde ao hospital.

- A estrutura de gestão hospitalar deve contar com elementos de todos os grupos profissionais que trabalham no hospital. Para isso, médicos e outros colaboradores devem receber formação específica em gestão e comunicação.

- Devem ser criadas novas carreiras dentro dos hospitais que permitam que os profissionais de saúde possam progredir para funções de gestão. »

Artigo publicado no Publico.pt e escrito por Romana Santos

Frank' Organisation

1.3.17

Partilho convosco um site que poderá ser útil para quem queira entender alguns princípios fundamentais de diversos equipamentos médicos.


Portugueses descobriram subestruturas cerebrais que afetam mobilidade do ser humano

28.1.17

"Descoberta científica pode ajudar a melhorar os procedimentos neurocirúrgicos em doenças como a distonia, uma doença neurológica crónica que se caracteriza por uma estimulação descontrolada dos nervos (músculos)

Sistema testado no Centro de Epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade de Munique ( Foto: DR)

Investigadores portugueses lideram um projeto europeu que descobriu subestruturas cerebrais com diferentes perfis de conectividade que afetam a parte motora e não-motora do ser humano, algo que pode ajudar a melhorar os procedimentos neurocirúrgicos em doenças como a distonia.

A distonia "é uma doença neurológica crónica que se caracteriza por uma estimulação descontrolada dos nervos (músculos), que levam o indivíduo a ter dificuldades na locomoção e na utilização dos membros, podendo evoluir para incapacidades graves, como a não utilização do braço inteiro", explicou à Lusa o coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica do INESC TEC, João Paulo Cunha.

Este estudo faz parte de um projeto que envolve o Centro de Investigação em Engenharia Biomédica do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e a Universidade de Munique, na Alemanha.

"Os investigadores portugueses" envolvidos na iniciativa "chegaram a este resultado através do estudo de uma parte do cérebro chamada GPi (Globus Pallidus Internus), que se situa na sua zona central e é composta por estruturas cerebrais com funções primárias", lê-se num comunicado do INESC TEC.
João Paulo Cunha - investigador do INESC e professor Faculdade de Engenharia da U. Porto (Foto: DR)

Em 2016, desenvolveram "métodos de neurocomputação para estudar as densidades de conectividade das fibras que saem do GPi para outras áreas do cérebro em pessoas saudáveis, sem indicação de qualquer patologia", descobrindo "que este núcleo da base do cérebro parece apresentar pelo menos 3 subestruturas com conectividades distintas, tendo uma delas clara ligação ao córtex sensoriomotor pelo tálamo".

O GPi é um dos alvos de uma técnica chamada DBS ('Deep Brain Stimulation' ou Estimulação Cerebral Profunda), que coloca elétrodos dentro da cabeça dos doentes (uma espécie de pacemaker cerebral) e ajuda a melhorar os sintomas, dependendo sempre do alvo a atingir, isto é, "se estamos a falar da doença de Parkinson, distonia, ou outras patologias", explicou o investigador João Paulo Cunha.

Com este estudo percebeu-se que "os elétrodos DBS implantados em determinada subestrutura produzem melhores resultados clínicos que os localizados noutras subestruturas", tornando estes resultados "úteis para o planeamento e execução de procedimentos neurocirúrgicos", referiu o também docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Outra das vantagens deste método é "a possibilidade de personalizar o padrão de conectividade para cada doente candidato a cirurgia, de forma a adaptar o alvo neurocirúrgico ao seu perfil específico, melhorando a precisão do procedimento", acrescentou.

Para chegar a estas conclusões a equipa de investigadores de Portugal e da Alemanha utilizou uma técnica de ressonância magnética denomiada 'Diffusion Tensor Imaging', que ajuda a perceber a densidade de conectividade entre estruturas cerebrais, permitindo assim mapear as fibras que ligam as diferentes estruturas do cérebro.

Os resultados deste estudo foram publicados na revista NeuroImage, orientada para a área da Neurociência.

Já em 2014, os mesmos parceiros tinham demonstrado, num artigo publicado na mesma revista, que as localizações dos elétrodos de estimulação profunda, colocados em doentes com distonia, tinham mais efeitos quando posicionados em certas zonas.

"Verificamos que projeções de conectividade das fibras que partiam das imediações dos eléctrodos de estimulação DBS junto ao Gpi, para diferentes estruturas corticais e subcorticais, pareciam estar relacionadas com o resultado clínico, positivo ou negativo, dessas neurocirurgias", acrescentou.

Esse "estudo permitiu perceber que o GPi poderia ter subestruturas com diferentes ligações preferenciais a outras partes do cérebro que, consequentemente, estimulariam essas estruturas cerebrais com melhores efeitos, se estivessem ligadas às regiões motoras, e piores se a outras regiões com funções não-motoras", tendo sido este o estímulo para este estudo agora divulgado."

Artigo publicado em TVI24